70% das vagas para caminhoneiros são preenchidas por autônomos

70% das vagas para caminhoneiros oferecidas pelas empresas de São Paulo são preenchidas por autônomos ou agregados. Pelo menos foi o que revelou a pesquisa encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), que analisou a forma de contratação mais utilizada pelas empresas do setor em São Paulo ao longo de 2023.

Para Adriano Depentor, presidente do Conselho Superior e de Administração do Setcesp, esses números refletem uma tendência no segmento. “O setor de transportes passa por um grande desafio para encontrar mão de obra qualificada e experiente. Por isso, acredito que o estudo do IPTC reflete uma tendência para as empresas ao longo dos anos com relação à contratação de terceiros. Seja para amenizar os custos, ao não investir em frota própria, ou tempo de contratação, essa alternativa tem se tornado cada vez mais utilizada”.

Importância do treinamento 

Adriano também afirma que, apesar de os números receberem destaque ao longo de 2023, a contratação de terceiros por parte das empresas sempre foi uma realidade. “O motorista agregado ou autônomo sempre foi um equalizador da operação de transporte. A contratação desses profissionais sempre trouxe equilíbrio financeiro e flexibilidade para as empresas, e por isso sempre foi utilizada de maneira consistente, principalmente em períodos de alta demanda”.

Vagas para caminhoneiros: Lei do motorista mudou a forma de contratação

A Lei do Motorista foi outro fator que contribuiu de maneira considerável o crescimento da contratação de motoristas terceirizados pelo setor. Em julho de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais diversos pontos da lei que regem o tempo de espera, o intervalo entre jornada e o descanso semanal remunerado.

Adauto Bentivegna Filho, assessor jurídico do Setcesp, destaca o impacto causado pela lei no crescimento da contratação de terceiros pelo setor. “Com a proibição da flexibilização do descanso de 11 horas entre jornadas, o acúmulo de descanso semanal remunerado e a necessidade de que se deve considerar o tempo de espera como jornada de trabalho normal, o caminhão se tornou menos produtivo. Assim, as empresas enxergaram como alternativa viável a terceirização, que não se submete às regras trabalhistas, embora deva cumprir os descansos do Código de Trânsito”.

window.fbAsyncInit = function() {
FB.init({
appId : ‘1524047757611777’,
xfbml : true,
version : ‘v2.8’
});
};

(function(d, s, id){
var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0];
if (d.getElementById(id)) {return;}
js = d.createElement(s); js.id = id;
js.src = “https://connect.facebook.net/en_US/sdk.js”;
fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);
}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));

FONTE: ocarreteiro.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

ROLE PARA CIMA