Um caminhoneiro de 85 chamado Rupert Leiss tirou sua habilitação para caminhões em 1953e passou praticamente uma vida na estrada. Os últimos 32 anos de sua carreira foram no volante do mesmo caminhão, um MAN F90 da década de 1980.
Rupert conta que seus pais tinham uma fazenda que incluía o transporte rodoviário, primeiramente com cavalos e depois com caminhões. Como tradicionalmente acontecia no passado, ele e seus irmãos ajudavam no trabalho da fazenda. Começou ajudando os irmãos mais velhos, indo de carona dos caminhões, até que com 19 anos teve sua licença e pôde dirigir um.
“Meu primeiro caminhão foi um Krupp Mustang com reboque”, lembra Rupert. Com esse veículo, que pesava um total de 20 toneladas, ele transportava toras da floresta para uma estação ferroviária de transportava cimento em viagens noturnas. No entanto, as tarefas dos motoristas incluíam não só a condução, mas também o trabalho físico, como por exemplo, carregar os sacos de cimento na carroceria do caminhão.
Quando já estava com 48 anos de idade iniciou o trabalho autônomo sozinho, mas com o apoio de sua esposa e filhos que empreenderam junto com Rupert, a Leiss Transporte crescia e cada vez era mais procurada por clientes atrás dos serviços de transporte.
Inicialmente a frota da empresa era apenas o MAN que Rupert dirigia, mas por conta do crescimento novos veículos vieram e com eles a contratação de motoristas. Quando Leiss tinha 65 anos, a empresa ampliou sua estrutura e construiu uma sede maior ainda em área industrial. “Na verdade, eu queria me aposentar, mas esse novo emprego me estimulou”, conta ele.
E aos 85 anos, ele ainda gosta de dirigir tanto quanto quando começou a trabalhar, acordando às 5h e sendo o primeiro a chegar na empresa, às 7h da manhã. A transportadora entrega cerca de 1500 toneladas de carga por dia, sendo 40 delas pelo caminhão do próprio Rupert, que roda cerca de 200 km diariamente. O que ele dirigiu nos 66 anos de estrada daria para dar 165 voltas ao redor do planeta! O velho MAN está na casa dos 1,8 milhões de km rodados, mas em muito bom estado.
“Nunca tive problemas nas costas, o trabalho físico, como abrir e fechar as pesadas paredes laterais, me mantém em forma”, diz Leiss. “Quando volto para casa depois de um dia agitado, limpo a área de armazenamento com a carregadeira de rodas até que tudo esteja no lugar – isso é um relaxamento para mim”, relata o animado motorista.
Esse artigo foi escrito baseado em uma entrevista publicada pela empresa e cedida a uma revista alemã em 2019, portanto as datas e contagem de tempo descritas fazem referência ao passado. Infelizmente não consegui encontrar informações mais atualizadas para saber se Rupert ainda dirige e está ativamente na empresa.
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