Ministério da Infraestrutura conclui o leilão da BR-163/230/MT/PA

Pelos próximos dez anos, a BR-163/230/MT/PA será administrada pelo consórcio Via Brasil BR-163, formado pelas empresas Conasa infraestrutura SA, Zeta Infraestrutura SA, Construtora Rocha Cavalcante LTDA, Engenharia de Materiais LTDA e M4 Investimentos e Participações LTDA.

São 1.009,52 km das rodovias, entre Sinop-MT e Miritituba-PA, um dos principais corredores logísticos do agronegócio brasileiro. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a proposta do consórcio consistia em uma tarifa de pedágio de R$ R$ 0,07867 por quilômetro – deságio de 8,09%.

“Estamos transformando a logística do Brasil, estamos interiorizando a logística do Brasil, tornando nosso produtor mais competitivo. E esse é um movimento que não vai parar”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, logo após o anúncio do vencedor do leilão na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, nesta quinta-feira (8).

Com o leilão, o Governo Federal assegura cerca de R$ 2 bilhões para investimentos para a BR-163/230/MT/PA, além de mais R$ 1 bilhão para serviços operacionais e atendimentos voltado ao usuário. Passo importante na consolidação do Arco Norte para o escoamento de grãos do Brasil.

Safra de concessões

Com mais esta concessão, o Ministério da Infraestrutura soma 71 empreendimentos repassados à iniciativa privada, desde 2019, com R$ 64 bilhões de investimentos contratados. Em 2021, já são 30 leilões, com mais R$ 20 bilhões. O objetivo é alcançar os R$ 100 bilhões até o fim deste ano – e fechar 2022 com pelo menos R$ 250 bilhões.

A concessão da BR-163, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), é o ponto alto para uma rodovia que, há menos de dois anos, era intrafegável e onde caminhoneiros perdiam cerca de 10 dias para escoar os grãos pelos portos da região Norte. Agora, com a concessão, as principais melhorias deverão ocorrer até o 5º ano de contrato, com a implantação de faixas adicionais, vias marginais e acostamentos, e, principalmente, acessos definitivos aos terminais portuários de Miritituba, Santarenzinho e Itapacurá, agilizando o transbordo da carga na Hidrovia do Tapajós.

Soma-se ainda a construção de dois novos pontos de parada e descanso, destinado aos profissionais do transporte rodoviário, desconto de 5% no pedágio para usuários de dispositivos de pagamento eletrônico (tag) e pagamento de tarifa na praça no município de Trairão (PR) somente para veículos comerciais acima de quatro eixos.

“Cuidem dessa rodovia. Essa é a menina dos olhos. De todos os leilões que já realizamos, esse é o que tem a maior carga emocional. Eu gosto dessa rodovia”, afirmou o ministro da Infraestrutura.

Corredor logístico

A BR-163 é, atualmente, o principal corredor logístico para o escoamento de grãos produzidos no Mato Grosso. E a pavimentação completa concluída pelo Governo Federal, no início de 2020, foi suficiente para facilitar a vida do caminhoneiro, reduzir o custo do frete e tornar as commodities produzidas no Brasil mais atraentes no mercado exterior.

No ano passado, os portos do Arco Norte tiveram um crescimento de cerca de 20% na exportação de grãos, igualando o porto de Santos. A diferença: o custo para o produtor. O escoamento, via Arco Norte, apresentou uma economia de quase US$ 20 por tonelada transportada – valor que pode ser ainda menor com a Ferrogrão.

Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro | Com informações do Ministério da Infraestrutura

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