Tragédia em Creche Domiciliar em Ceilândia: Bebê Morre Enforcada

Uma tragédia inesperada

O caso é investigado como homicídio culposo – (crédito: Reprodução/TV Brasília)

Na manhã desta quinta-feira, 11 de dezembro, uma tragédia abalou Ceilândia, no Distrito Federal. Uma bebê de apenas 1 ano de idade perdeu a vida de forma trágica em uma creche informal localizada na QNO 6, conjunto P, no Setor O. A morte da criança foi confirmada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e levantou questões sobre a segurança em creches domiciliares.

A menina chegou à casa da cuidadora às 9h, em seu primeiro dia sob seus cuidados. Segundo informações da polícia, a mãe da criança contratou o serviço para um único dia, pagando R$ 50. A cuidadora, que atua nesse ramo há quatro anos, relatou que a menina aparentava estar muito sonolenta ao chegar.

A rotina na creche informal

De acordo com o depoimento da mulher responsável pela creche, que não teve sua identidade divulgada, ela cuida de crianças de diversas idades. Na manhã do incidente, após fazer as rotinas básicas de alimentação e troca de fraldas, ela colocou a menina para dormir em um bebê-conforto, que foi deixado em cima de um colchão no chão.

O bebê-conforto é um equipamento de segurança projetado para recém-nascidos e bebês pequenos, com o intuito de proporcionar conforto e proteção. Ainda assim, o desfecho trágico revelou falhas que estão sendo investigadas.

Momentos de pânico

A cuidadora relatou que precisou deixar a residência pouco antes do almoço para resolver um problema pessoal, deixando as crianças aos cuidados do marido, uma prática que era comum no ambiente. Ao retornar, ela alimentou as crianças maiores e, ao verificar o quarto da bebê, encontrou-a dormindo.

No entanto, ao voltar ao quarto depois de separar sabonetes para dar banho na criança, a mulher encontrou o bebê-conforto caído, e a criança estava trêmula. Assustada, ela rapidamente retirou a menina do assento e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Investigações em andamento

Infelizmente, ao chegarem ao local, os socorristas do Samu constataram que a criança já estava sem vida. A polícia está tratando o caso como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. A cuidadora foi liberada após prestar depoimento, mas a investigação ainda está em curso.

O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Fábio Farias, explicou que será necessário aguardar o resultado da perícia e coletar mais depoimentos para esclarecer a dinâmica do acidente. Na tarde do mesmo dia, investigadores estiveram na residência para realizar os procedimentos de praxe e buscar mais informações sobre o que ocorreu.

Reflexões sobre segurança

Este caso levanta questões importantes sobre a regulamentação e a segurança das creches domiciliares, um tipo de serviço que muitas vezes não recebe a devida supervisão das autoridades competentes. Embora seja uma alternativa acessível para muitas famílias, a falta de estrutura adequada pode representar riscos significativos para as crianças.

Especialistas em segurança infantil e educação defendem que medidas rigorosas devem ser adotadas para garantir a integridade física e emocional das crianças sob os cuidados de terceiros. A tragédia em Ceilândia serve como um alerta para pais e responsáveis no momento de escolher onde deixar seus filhos.