A Tupy, dona da MWM desde de 2022, deu um importante passo para oferecer soluções mais limpas para o setor de transporte. Nesse sentido, a companhia acaba de lançar o primeiro motor de combustão interna a hidrogênio. Conforme o diretor de pesquisa da Tupy, André Ferrarese, a novidade é resultado de uma parceria com a West Port, da área de injetores, e a AVL, que realiza testes de sistemas e componentes veiculares.
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Segundo a Tupy, para o desenvolvimento do novo motor foi utilizado o método de combustão difusa. Ou seja, por meio do sistema de injeção direta de alta pressão (HPDI). Ou seja, basicamente o sistema tem o mesmo processo de explosão do ciclo Diesel. Por isso, é utilizado 3% de combustíveis limpos, como HVO e biodiesel, para dar pressão à injeção.
Durabilidade
Porém, como a MWM não tem motores de 13 litros, a Tupy utilizou como base um propulsor equivalente. Assim, o hidrogênio atua como combustível. Portanto, um dos pontos críticos do projeto foi garantir a durabilidade. Segundo a empresa, o novo conjunto pode, ao menos em tese, rodar até 1,5 milhão de km sem retífica. Ou seja, tem a mesma durabilidade de um equivalente a diesel.
Além disso, a Tupy informa que, em testes em dinamômetro, o motor a hidrogênio gerou potências entre 350 kW a 395 kW. Portanto, de cerca de 475 cv a 537 cv, respectivamente. Graças aos bons resultados, a companhia vai apresentar a nova solução em breve um evento na Alemanha. Porém, sua estreia comercial só deve ocorrer em 2030.
Seja como for, a autonomia de caminhões com o novo motor a hidrogênio vai depender da quantidade de taques de hidrogênio instalados. Bem como do estado em que o combustível for armazenado. Assim, no caso de hidrogênio líquido, a autonomia pode chegar a 1.400 km. Se for gasoso, a expectativa é de que o veículo rode até 900 km entre os reabastecimentos.
MAN terá motor hidrogênio de ciclo Otto
Entretanto, essa não é a única novidade do tipo no horizonte. Até 2025, deve chega aos mercados europeu e sul-americano o motor MAN H45. Nesse caso, embora utilize hidrogênio, o sistema é o mesmo dos motores ciclo Otto, com explosão gerada por faísca.
Segundo a MAN, o H45 tem as mesmas vantagens dos de combustão difusa. Ou seja, não gera emissões de poluentes e pode ser utilizado em veículos rodoviários de longa distância. Porém, para garantir potência acima de 400 cv, o MAN H45 tem 17 litros. De acordo com a Tupy, sua parte no projeto é o fornecimento do cabeçote.
Fonte e Artigo Original Clica Aquí No estradao.estadao.com.br
