Vigilância apreende bebidas suspeitas de falsificação no Recanto das Emas

Apreensão de bebidas suspeitas

O material será encaminhado para análise laboratorial pela Secretaria de Saúde (SES-DF) – (crédito: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF)

Na tarde de quinta-feira (13/11), a Vigilância Sanitária do Distrito Federal realizou uma operação no Recanto das Emas, resultando na apreensão de 19 garrafas de bebidas alcoólicas que estavam sendo comercializadas irregularmente em um estabelecimento local. A equipe de fiscalização encontrou garrafas de uma marca de cerveja que continham um líquido transparente não identificado, levantando suspeitas de possível falsificação. Todo o material recolhido será submetido a análises laboratoriais pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para confirmar sua composição.

Além das cervejas, os agentes também recolheram 14 garrafas de uísque com fortes indícios de adulteração. As garrafas, armazenadas em caixas lacradas, serão periciadas pela Polícia Civil do DF, que investigará se houve ou não a prática de crime de falsificação. Caso confirmadas as irregularidades, o estabelecimento onde as bebidas foram encontradas será autuado e poderá enfrentar sanções que variam de multas à interdição.

Operação Metanol e seus desdobramentos

A ação da Vigilância Sanitária marca mais uma etapa na intensificação das fiscalizações em todo o Distrito Federal, especialmente após os recentes casos de intoxicação por metanol que mobilizaram a região. Batizada de Operação Metanol, essa iniciativa envolve uma cooperação entre diversos órgãos do Governo do Distrito Federal, incluindo a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Economia e o DF Legal.

Somente neste ano, a Vigilância Sanitária já apreendeu mais de 15 mil litros de bebidas alcoólicas em cerca de 300 estabelecimentos fiscalizados. Destes, mais de 60 locais foram autuados por diferentes tipos de irregularidades. Além das falsificações e adulterações, a intensificação das operações permitiu a identificação de outros problemas, como a falta de higiene adequada, ausência de autorizações necessárias, sonegação fiscal e descumprimento das normas de segurança contra incêndio.

A importância das normas sanitárias

De acordo com Gustavo de Lima, gerente de fiscalização da Vigilância Sanitária, as irregularidades observadas não implicam necessariamente em contaminação por substâncias perigosas como o metanol, mas configuram infrações sanitárias significativas. “Nenhum estabelecimento pode romper a embalagem original dos produtos. O cliente deve receber o produto lacrado para garantir a segurança e a integridade do que está consumindo. A partir do momento em que o lacre é removido e o produto é transferido para recipientes que não são os originais, ocorre a adulteração”, explicou Gustavo.

As inspeções regulares realizadas pela Vigilância Sanitária cobrem uma ampla gama de estabelecimentos, incluindo distribuidoras de bebidas, bares, restaurantes, hotéis, motéis e clínicas. Entretanto, as operações foram ampliadas nas últimas semanas, como parte da resposta às preocupações crescentes sobre a segurança dos produtos consumidos pela população.

Continuação das ações de fiscalização

As iniciativas de fiscalização da Vigilância Sanitária não têm data para terminar e continuarão nos próximos dias, com foco especial em áreas com grande circulação de pessoas. A população pode contribuir com as operações por meio de denúncias, que podem ser feitas através do telefone 162, oferecendo informações que ajudem a direcionar os esforços de fiscalização para locais que possam estar cometendo irregularidades.

Em um cenário onde a segurança alimentar e o consumo de bebidas são cada vez mais preocupantes, o papel da Vigilância Sanitária se torna crucial para garantir que os consumidores tenham acesso a produtos seguros e de qualidade. As ações não apenas visam coibir práticas ilegais, mas também educar os proprietários de estabelecimentos e a população sobre a importância de seguir as normas e regulamentos vigentes.

“Nenhum estabelecimento pode romper a embalagem. O cliente deve receber o produto lacrado.” – Gustavo de Lima, gerente de fiscalização da Vigilância Sanitária.

Fonte: correiobraziliense.com.br

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *