XCMG testa caminhão elétrico de 80 t e quer triplicar vendas

Na Fenatran 2024, que acontecerá entre os dias 4 e 8 de novembro, no São Paulo Expo, a XCMG confirma sua estreia. A montadora chinesa levará ao evento três novos modelos. A fabricante, que durante 2023 vendeu 120 caminhões no Brasil e América Latina, neste ano pretende triplicar a meta. E entregar ao mercado 360 unidades.

Seja como for, na feira de caminhões a marca trará um modelo para atender o segmento de Veículo Urbano de Carga (VUC), bem como um semipesado de 18 t. Além de lançar oficialmente um caminhão 6×4 com peso bruto total (PBT) de 80 t. Todos elétricos. Aliás, o modelo pesadão já está em testes com clientes do ramo de madeira e do agronegócio.

Dessa forma, a fabricante de origem asiática quer se tornar uma marca full liner. Ou seja, se isso se concretizar será a primeira a contar com uma gama de caminhões semileves a extrapesados elétricos no Brasil.

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E7-49T é o elétrico rodoviário com maior PBT e custa R$ 1,3 milhão

Nesse sentido, vale lembrar que a XCMG está presente no País há 10 anos. Entre caminhões a marca oferece o E7-49T, cavalo-mecânico 6×4 com PBTC de 49 t. Seu motor desenvolve 482 cv e torque imediato de 204 mkgf. Sua autonomia é de 150 km. O maior da categoria movido a baterias.

Além disso, há a versão E7-29R 8×4. Do mesmo modo, a XCMG oferece uma linha de caminhões para o uso no fora de estrada, em operações mais pesadas. Trata-se da linha XGE95 6×4 e XDR80TE ambos para atividades com básculas.

Todos os veículos contam com o sistema “swapping”. Ou seja, é possível substituir o pacote das baterias do caminhão em cerca e 6 minutos, por meio de um sistema automatizado. Assim, com o auxílio de uma empilhadeira simples, o frotista desconecta o pacote do caminhão, retira o conjunto completo e instala outro.

Sistema swapping custa R$ 40 mil, mas vale a pena se o cliente tiver 24 caminhões na frota

Todavia, esse sistema atende aquelas operações em que o caminhão não pode parar. Mas se o cliente quiser, pode optar pelo sistema de recarga tradicional. O tempo de recarga vai variar de acordo com o tipo de carregador adotado.

Seja como for, o diretor de elétricos da XCMG diz que o sistema “swapping” custa em torno de R$ 40 mil reais. Mas só vale a pena, do ponto de vista do custo operacional, se a empresa tiver pelo menos 24 caminhões na frota.

No futuro XCMG quer produzir caminhões elétricos no Brasil

Vale ressaltar que a empresa é uma das gigantes no País na fabricação de máquinas pesadas, as chamadas linha amarela. Com fábrica em Pouso Alegre (MG), a maior da marca fora da China, a empresa produz os equipamentos com motor a combustão. Nesse sentido, a planta consegue fabricar por mês em torno de 1,2 mil equipamentos que hoje têm 60% de nacionalização.

Porém, importadas da China, a XCMG oferece no mercado maquinários com motores elétricos. Sendo líder na entrega desses equipamentos.

O novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da XCMG fica na planta de Pouso Alegre (MG)

Seja como for, a marca asiática anuncia outra novidade. Acaba de inaugurar na fábrica brasileira seu centro de pesquisa e desenvolvimento. Assim, visando o desenvolvimento do veículo elétrico no País. O novo centro de pesquisa levou 1/3 dos investimentos de R$ 270 milhões que a marca investiu no Brasil nos últimos anos.

A partir disso, a empresa também quer desenvolver fornecedores locais. Do mesmo modo, não descarta produzir baterias no Brasil. Dessa forma, a XCMG deve começar a desenvolver pesquisas relacionadas à matéria-prima das baterias no País.

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Fonte e Artigo Original Clica Aquí No estradao.estadao.com.br

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