Copa do Brasil ou Sul-Americana, parceria com James e mais: Lucas Moura abre o jogo em exclusiva à ESPN

Copa do Brasil ou Sul-Americana, parceria com James e mais: Lucas Moura abre o jogo em exclusiva à ESPN

Lucas Moura chegou ao São Paulo há poucos dias, mas já viveu um turbilhão de emoções. Ao todo, ele já participou de quatro jogos e marcou dois gols, um deles o que garantiu o Tricolor na final da Copa do Brasil, em vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, na última quinta-feira (17).

O torneio, aliás, é a grande obsessão do camisa 7 e um dos principais motivadores para que ele decidisse voltar ao time em que iniciou a carreira, conforme ele revelou em entrevista exclusiva à ESPN direto de Quito, onde nesta quinta-feira (24), a equipe enfrenta a LDU, pela CONMEBOL Sul-Americana, em duelo com transmissão exclusiva pela ESPN no Star+.

“Não foi uma decisão muito fácil de se tomar. Primeira vez que eu fiquei livre de contrato na minha carreira. A decisão foi, a partir do momento que eu ficasse livre, sentar e ouvir todas as propostas e foi o que a gente fez. Mas teve uma mobilização muito grande da torcida, principalmente após a classificação contra o Palmeiras, na Copa do Brasil. Invadiram as minhas redes sociais, da minha esposa também, e isso começou a mexer muito comigo. Todo mundo pedindo para voltar até o final do ano, assinar um contrato de seis meses, e eu falei ‘poxa, será que não é pra eu voltar agora, tentar conquistar esse título da Copa do Brasil, o da Sul-Americana também’. Isso mexeu muito comigo. E foi quando eu sentei com a minha esposa, falei pra gente voltar, viver esses cinco ou seis meses, e vamos ver o que acontece. E a decisão foi muito acertada, tudo que a gente está vivendo. O que a gente viveu no jogo contra o Corinthians valeu muito a pena. Foi um dia maravilhoso. Estamos muito felizes com isso”, iniciou ele.

Com contrato curto com o clube do coração, Lucas não esconde a sua vontade de, em seu retorno, repetindo o que outros ídolos fizeram, conquistar ao menos uma taça. No Brasileirão, o São Paulo está atualmente na 11ª colocação e praticamente não tem mais chances de título, mas nas competições de mata-mata, o time segue vivo.

“Espero que seja o momento de ser campeão. Kaká chegou perto no Brasileiro, foi vice. O Miranda conquistou o Campeonato Paulista. O elenco que a gente tem hoje, pelo entrosamento, o que vem apresentando, eliminando equipes como Palmeiras, Corinthians, acho que chega muito forte, encaixou legal, e eu chego para somar. Espero que tenha chegado o momento do São Paulo conquistar mais um título. Eu sou muito competitivo e quero ganhar tudo que disputo. Acho que temos condições reais nas duas competições, mas se eu pudesse escolher uma, com certeza a Copa do Brasil, que acho que é o que valeria mais para o torcedor, mas para mim eu quero conquistar títulos, sendo a Copa do Brasil ou a Sul-Americana, eu vou fazer de tudo da mesma maneira, mesma força e dedicação para poder conquistar esses títulos.”

A esperança de Lucas em ser campeão também é motivada pela presença de James Rodríguez. O meia colombiano, com passagem vencedora na Europa, em clubes como Porto, Monaco, Real Madrid e Bayern de Munique, ainda está se adaptando ao Tricolor, mas, segundo o companheiro, tem tudo para brilhar.

“Está sendo uma satisfação enorme. Um jogador com o nível do James do nosso lado, está sendo sensacional. Uma qualidade absurda. Apenas com o domínio de bola, um simples passe, a gente já observa isso nos treinamentos. Tenho certeza que vai nos ajudar muito. Um cara super do bem, humilde, está se adaptando super bem, fala muito bem o português, isso facilita muito”, disse, dizendo que ajudará o colega em tudo o que conseguir: “Eu sinto como se nunca tivesse saído do São Paulo. A ligação sempre foi muito forte, sempre tive identificação com os torcedores, funcionários. Para mim é como estar voltando para casa. Em relação ao James, muita qualidade, o Dorival que vai ter que quebrar a cabeça para encaixar o time, mas é uma dor de cabeça boa, quem ganha com isso é o São Paulo. Em três competições, precisamos de um elenco grande para poder chegar forte.”

Veja outros tópicos da entrevista exclusiva com Lucas Moura:

A readaptação ao Brasil

“Mudaram algumas coisas, mas sempre bom estar de volta pra casa, perto da família, amigos, país que eu amo. Muito feliz de estar vivendo tudo isso, estar de volta ao São Paulo, clube que me formou, onde eu passei grandes momentos, tenho ótimas lembranças. Voltar a vestir essa camisa, sentir o carinho da torcida, estou muito feliz. O futebol brasileiro sempre foi muito competitivo, formou grandes jogadores, e vai continuar assim, o Brasil é um celeiro de grandes craques. Eu fico muito feliz de ver grandes jogadores estrangeiros vindo jogar no nosso futebol, isso engrandece muito o nosso futebol. O que a gente fica um pouco atrás é a questão da estrutura, precisa melhorar a questão do calendário, dos gramados, para a gente poder ficar cada vez mais próximo do futebol europeu. Claro que é difícil pela questão financeira, a Europa está muito à frente nessa questão, mas o que a gente pode fazer, está ao nosso alcance, é essa questão dos gramados, que melhoraria muito o espetáculo, mas o futebol brasileiro sempre foi muito competitivo, sempre teve grandes duelos. Eu fico feliz de poder voltar, o São Paulo tem feito uma temporada muito interessante, chegando em três competições, claro que o Brasileiro está mais complicado, mas tem o 2º turno inteiro pela frente, fico feliz de voltar nesse momento e vamos ver o que acontece até o final da temporada.”

A saída do Tottenham

“Foi um ano muito complicado, muito difícil para mim, tive poucas oportunidades. E acabei ficando de fora de alguns jogos por conta de lesões. E também no coletivo o time não foi legal, não foi bem, não conseguiu classificar para nenhuma competição europeia. Não foi da maneira como eu queria que acabasse minha trajetória no Tottenham, clube que eu tenho muito carinho, vivi experiências incríveis, mas infelizmente nesse último ano eu não consegui atuar muito, mas faz parte na vida dos jogadores, mas é isso, tudo que eu vivi lá, sou muito grato, tenho carinho enorme por todos os funcionários, agora é uma nova etapa na minha vida, de volta ao Brasil, de volta ao futebol brasileiro depois de 11 anos, perto da família, dos amigos, sentindo esse clima do Brasileirão, da atmosfera da torcida do Brasil. Estou muito contente, animado, empolgado, com esse novo desafio. Vou fazer de tudo para que seja marcante.”

Reestreia na Sul-Americana após 11 anos

“Acho que é a maior altitude que já joguei. Poder voltar a jogar essa competição é muito especial para mim, depois de tudo que vivi em 2012, saindo campeão da competição pela primeira vez, tudo que envolveu aquele jogo, o Rogério me passando a faixa de capitão, um gesto muito nobre dele, e eu poder retornar e jogar essa competição novamente é muito especial. Dito isso, agora tenho que concentrar no jogo. Não vai ser fácil, tem a questão da altitude, eles estão acostumados a jogar aqui, temos que fazer um jogo muito inteligente, temos que fechar os espaços, para não sofrer e conseguir levar um resultado interessante ao Morumbi, mas nossa equipe está muito preparada, estamos focados nesse jogo, vamos entrar com tudo para fazer um grande jogo. Meu objetivo quando voltei para cá, principalmente por ser um período curto, é conquistar títulos, poder conseguir colocar mais um quadro na parede do CT. A gente tem a oportunidade em duas competições. O Brasileiro está mais distante, não é impossível, mas está mais distante. Então a Sul-Americana é uma possibilidade, a Copa do Brasil estamos na final, então vamos fazer de tudo para ganhar esse título, dar esse título ao torcedor, que merece muito, tem comparecido ao estádio e nos apoiado muito. Vamos passo a passo, mas temos condições de ganhar sim.

Onde prefere atuar?

“Acho que mais como um meia, é onde eu me sinto mais à vontade hoje. Na verdade é a minha posição de origem. Na base eu sempre joguei de 10, mais centralizado, gosto muito de ter a bola, de armar as jogadas, então é onde fico mais livre para poder ajudar a equipe, mas, com esses anos todos na Europa, aprendi a jogar pelos lados do campo também, pela direita, esquerda. Na Europa até como camisa 9, que é a posição que menos gosto, mas se for necessário, posso ajudar. Hoje sou um jogador mais versátil, mas a posição que me sinto mais confortável é onde joguei contra o Corinthians, mais centralizado, podendo buscar um pouco mais o jogo, para poder acelerar e servir os atacantes.”

Identificação com as torcidas de todos os times que defendeu

“Pergunta complicada, acho que mais pelo meu jeito, minha dedicação, sou um cara mais tranquilo, não só no Paris Saint-Germain, em todos os clubes que passei, tenho carinho muito grande de outras torcidas, todos me respeitam bastante, e isso é um legado muito bacana que quero deixar. Criei um carinho muito especial com a torcida do PSG, Tottenham, do São Paulo nem se fala, mas acho que mais pelo meu jeito, procuro apenas fazer o meu trabalho, me dedicar ao máximo, respeito muito os torcedores, mas não sei se sou a melhor pessoa para responder isso, acho que mais os torcedores.”

Como entrou em forma tão rápido?

“Principalmente os trabalhos que eu fiz nesse tempo que estive parado, agradecimento especial ao meu fisioterapeuta, que está comigo desde 2017. Nesses quase dois meses e meio que a gente ficou no Brasil, fiquei treinando muito forte, e só faltava mesmo o ritmo de jogo, não estava treinando com bola, mas fisicamente estava muito bem, sempre me cuidei muito na questão da alimentação. E também a minha vontade, estava louco para jogar, ainda mais voltando para o São Paulo, motivação fica ainda mais alta, e minha vontade de poder ajudar o time, conquistar um título. Esse conjunto de fatores que me ajudaram a estar em uma boa forma física.”

Objetivo que ainda busca na carreira

“Quero conquistar títulos, quero marcar meu nome na história do São Paulo mais uma vez. Na minha primeira passagem, quando subi para o profissional queria muito conquistar um título, ganhei muita coisa na base, mas meu sonho era ser campeão pelo profissional. Consegui fazer isso no meu último jogo. Voltando no CT, vejo o quadro lá, eu com muito cabelo ainda, mas isso é motivo de muito orgulho para mim. E agora nessa curta passagem, quero deixar mais um quadro lá. E acho que temos capacidade e qualidade para isso. Vamos tentar muito. Quando entro em campo, quero sempre dar o meu melhor e as coisas vão acontecendo naturalmente. Mas meu principal objetivo nesse retorno é conseguir dar um título para a torcida são-paulina.”

Onde assistir a LDU x São Paulo, pela Sul-Americana?

LDU x São Paulo, pela CONMEBOL Sul-Americana, terá transmissão ao vivo pela ESPN no Star+, nesta quinta-feira (24), às 19h (horário de Brasília)

FONTE: espn.com.br

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