Será que os freios perdem eficiência em marcha à ré?

Registros de caminhões que, por um motivo ou outro, não conseguem vencer uma ladeira íngreme e acabam voltando de ré tem sido compartilhados seguidamente nas redes sociais. Alguns incidentes do tipo causam apenas sustos, mas outros trazem prejuízos e até mesmo riscos à vida de pessoas.

Além de milhares de visualizações, esse tipo de vídeo traz dúvidas sobre a eficiência dos freios em marcha à ré. Será que um caminhão tem menos capacidade de frenagem para trás do que tem para a frente?

De acordo com o engenheiro Rubem Penteado de Melo, consultado pelo Blog do Caminhoneiro, até existe uma pequena redução na eficiência do sistema em marcha à ré, exclusiva dos caminhões equipados com freios a tambor. Caminhões que tenham freios a disco não sentem essa diferença.

Apesar de ser muito pequena, a diferença se dá pelo sentido de abertura dos patins das lonas de freio. Quando o caminhão segue para a frente, quando o freio é acionado, os patins se abrem de forma inversa ao sentido de rotação do tambor.

Quando está em marcha à ré, o sentido de abertura é o mesmo da rotação do tambor de freio. Mesmo com essa diferença, por conta do projeto dos freios, a redução de eficiência entre um sentido e outro de frenagem tende a ser ínfima.

Para o engenheiro, esse tipo de ocorrência pode ser dar mais pela baixa eficiência dos freios. Especialmente na questão de manutenção, regulagem e substituição de componentes desgastados.

“Em marcha à ré, o freio traseiro aciona, mas com baixa eficiência por lona gasta, lona desregulada, catraca afastada”, disse o engenheiro.

Atualmente, todo veículo nacional, inclusive caminhões, deve contar com sistemas de freio mais eficientes, o famoso ABS, um sistema antitravamento do sistema que garante maior dirigibilidade ao veículo e menor distância total de parada.

E, para homologação de qualquer veículo em território nacional, são feitos diversos testes, inclusive de frenagem, garantindo que o conjunto pare no menor tempo possível, em qualquer situação. Mas, para que tudo funcione corretamente, manutenção preventiva e corretiva são essenciais.

Por Blog do Caminhoneiro

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