A Cummins recebeu a multa mais alta por violações da Lei do Ar Limpo nos Estados Unidos, e concordou em pagar US$ 1,675 bilhão (R$ 8,2 bilhões em conversão direta). Essa também a segunda maior multa ambiental emitida na história dos EUA. A penalidade foi dada após a empresa fazer um acordo com a Justiça norte-americana, com o governo do país e com o estado da Califórnia.
De acordo com as investigações, a Cummins instalou dispositivos de controle de emissões irregulares em quase um milhão de motores utilizados em picapes Ram entre 2013 e 2023.
“A Lei do Ar Limpo exige que os fabricantes de veículos e motores garantam que os seus produtos cumprem os limites de emissões aplicáveis. Dispositivos manipuladores são peças ou software que ignoram, anulam ou tornam inoperantes controles de emissões, como sensores de emissão e computadores de bordo”, destacou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em comunicado.
A Cummins foi responsável pela instalação de dispositivos irregulares em 630.000 motores de picapes RAM 2500 e 3500 do ano modelo 2013 a 2019. A empresa também supostamente instalou dispositivos auxiliares de controle de emissões não divulgados em 330.000 motores de picapes RAM 2500 e 3500 do ano modelo 2019 a 2023.
“Hoje, o Departamento de Justiça chegou a um acordo inicial com a Cummins para resolver as alegações de que, ao longo da última década, a empresa alterou ilegalmente centenas de milhares de motores para contornar os testes de emissões, em violação da Lei do Ar Limpo. Como parte do acordo, o Departamento de Justiça exigirá que a Cummins pague 1,675 bilhão de dólares, a maior sanção civil que alguma vez garantimos à Lei do Ar Limpo e a segunda maior sanção ambiental alguma vez assegurada”, disse o Procurador-Geral do Dpartamento de Justiça dos EUA, Merrick B. Garland.
O acordo entre a Cummins e a Justiça ainda precisará de uma aprovação judicial, mas deverá ser aprovado e pago em breve.
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