No período pós-guerra, pelos anos de 1950, a indústria automotiva estava entrando em um período de crescimento. A produção de veículos dos Estados Unidos começou a ser amplamente exportada para países asiáticos. Nesse período também houve a ascensão de várias empresas especializadas em transporte de veículos, como a Convoy, por exemplo, uma transportadora de Portland (Oregon) que também era um dos principais portos para exportação.
Para atender toda essa demanda a transportadora precisava de muita eficiência. Como não havia no mercado caminhões com espaço de carga adequado, ela começou a construir seus próprios veículos. A ideia era usar os caminhões mais básicos, colocando cabines curtas para utilizar o máximo a carroceria para fins de transporte, pois naquela época já existiam restrições de comprimento.
Como base foi escolhido o Ford F8, um caminhão simples e barato com chassi 4X2, que oferecia apenas 10 toneladas de PBT e estava equipado com motor a gasolina V8 de 5,2 litros e 155 cv. Originalmente o F8 era um caminhão bicudo, com motor na frente da cabine. No entando, a Convoy desmontou e refez colocando a cabine cima do motor. Como resultado, a posição de dirigir foi deslocada para o alto e não havia túnel de passagem do motor dentro da cabine, o que de certa forma era uma vantagem.
Mas eram caminhões para viagens de longa distância, então se fazia necessário uma cabine leito. Num primeiro momento foi adicionado um dormitório atrás da cabine e assim o caminhão poderia levar seis carros. Mas o apetite da transportadora não parou por aí e com o objetivo de transportar um carro a mais, levando sete no total, o dormitório traseiro foi retirado e criado uma “câmara dormitório”.
O F8 foi reestruturado e recebeu um motor diesel de 200 cv, montados em posição horizontal mais baixo, praticamente na altura do chassi. Dessa forma, foi possível obter um espaço adicional entre a cabine e o chassi, sendo aí o dormitório do motorista. Ele simplesmente dormia entre as rodas, ocupando o espaço originalmente destinado ao motor e à caixa de câmbio.
Essas adaptações não duraram muito, pois chegaram novos modelos de caminhões que se adaptaram melhor, além do uso de trens para transportar veículos. Contudo, ainda houveram mais alguns criações curiosas da Convoy, como os conjuntos para transportar 13 veículos compactos. Como eram carros baixos, podia-se colocar até três de altura sem exceder o limite. Outro conjunto bem curioso da Convoy foi um caminhão para 18 carros. Eram veículos compactos destinados ao mercado japonês.
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