Dos tiros à desova: o que fez cada um dos presos na morte de servidor

Após mais de um mês desaparecido, o corpo do policial penal José Françualdo Leite Nobrega, morto aos 36 anos, foi encontrado no último sábado (6/1), na área rural de Cocalzinho, Entorno do Distrito Federal. A vítima tinha uma loja de materiais de construção e, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), foi morto com quatro tiros, efetuados pelos próprios funcionários.

Segundo a investigação, os suspeitos teriam executado o patrão para ocultar os desvios feitos por eles no caixa da empresa. Os acusados eram amigos próximos de Françualdo, a ponto de frequentar a casa e conhecer a família dele. Mesmo após o crime, alguns continuaram convivendo com os parentes da vítima e tentaram plantar o álibi de que policial penal teria fugido.

Manelito de Lima Júnior e Daniel Amorim Rosa de Oliveira foram presos em flagrante por ocultação de cadáver. A esposa de Manelito, Marinalda Mendes Vieira, foi detida, mas responde em liberdade. Deivid Amorim Rosa de Oliveira e Felipe Nascimento dos Santos são procurados pela polícia. A PCGO solicitou à Justiça mandado de prisão para a dupla, mas o pedido ainda não foi expedido.


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Veja o que cada suspeito teria feito:

Manelito de Lima Júnior – suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o policial. Ele também é apontado como o mentor do assassinato do chefe. Após cometer o crime, Manelito é investigado, também, por lavar a cena do crime, na tentativa de encobrir o homicídio.

Daniel Amorim Rosa de Oliveira – suspeito de participar do assassinato de Françualdo.  Ele estaria presente no momento do crime e atuou na desova do corpo do chefe.

Felipe Nascimento dos Santos – suspeito de participação no assassinato. Ele estava presente no momento do crime também é acusado de ter tentado ocultar o corpo do policial penal.

Marinalda Mendes Vieira – esposa de Manelito, ela teria buscado os suspeitos, ter ajudado a lavar a cena do crime e a esconder provas.

Deivid Amorim Rosa de Oliveira – é apontado como suspeito de ter queimado o carro usado pelo policial.

Local do crime e relação

Segundo o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios de Águas Lindas de Goiás (GO), Vinícius Máximo, havia uma marca de disparo de arma de fogo em uma chácara de José Françualdo.

“Fomos lá na chácara. Localizamos um buraco no chão, que era um disparo de arma de fogo. Foi chamada a perícia. E a perícia disse que o local foi lavado minuciosamente, o que também nos chamou a atenção, fato que nunca ocorreu em uma chácara. Inclusive, teria sido o Manelito quem lavou a chácara. E ele nunca tinha feito isso”, comentou o delegado.

Apontado como o principal suspeito do crime, Manelito era amigo de Françualdo havia cerca de 15 anos, chegando a organizar as festas do aniversário do patrão. Segundo a família, o servidor ainda pagou por um tratamento de saúde para o funcionário no valor de R$ 70 mil. Na prisão, de acordo com o delegado, Manelito e Daniel confessaram o assassinato, mas negaram a premeditação do crime. Disseram que foi uma reação momentânea. O suspeito alegou que o patrão teria batido na cara dele e o xingado.

No entanto, a PCGO não acredita na versão do acusado e considera que a execução foi premeditada. Manelito era o homem de confiança de Françualdo e Daniel cuidava das contas. “Então, se o Manelito estava desviando dinheiro da empresa, não teria como o Daniel não saber. Por isso acreditamos que esse crime tenha sido premeditado”, contou Máximo. O assassinato ocorreu, inclusive, em dia de fechamento de caixa da empresa. Os investigadores trabalham para descobrir qual foi arma usada no crime.

Em busca da arma

Segundo o delegado, em depoimento, Manelito afirmou que atirou contra Françualdo com a própria arma, uma pistola 9 mm, regularizada. O suspeito tem registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). No entanto, alegou que jogou a arma na barragem de Águas Lindas (GO). “Acreditamos ser mentira, porque ele vem mentindo há muito tempo”, comentou Máximo.

Desde o começo das investigações, os suspeitos têm apresentado versões conflitantes do caso. Os policiais trabalham para filtrar os depoimentos, separando os elementos reais dos falsos. Felipe enviou uma mensagem para a família contando detalhes do caso, mas argumentando que teria sido coagido a participar. Na avaliação do delegado, neste caso, a suposta coação não faria sentido, pois o suspeito não procurou a polícia após o crime. “Essa versão não é factível”, resumiu.

O caso ainda está em andamento e novos suspeitos poderão ser apontados nessa trama. “Está aberta a investigação”, diz o delegado. Na avaliação dele, os suspeitos, em especial Manelito, são pessoas de extrema frieza e calculistas. “É um caso de se espantar”, concluiu.

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Fonte e Artigo Original Clica Aquí No metropoles.com/distrito-federal

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