Todas as vítimas fatais eram ocupantes do ônibus da Emtram Foto: Corpo de Bombeiros MG
A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando o grave sinistro(acidente) ocorrido no último dia 21 de dezembro, na BR-116, em Teófilo Otoni(MG). Mas já foram confirmados que foram 39 mortos, todos ocupantes do ônibus da Emtram, e não 41, como anunciado inicialmente.
Identificação das vítimas das 39 vítimas
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (10), a Polícia Civil informou que foram 39 mortos e não 41.
O processo de identificação das vítimas foi complexo devido às condições dos corpos, muitos deles carbonizados. Dos 39 mortos, 13 foram identificados por papiloscopia (impressões digitais), enquanto outros quatro foram reconhecidos por odontologia forense, com base na análise da arcada dentária. A maioria das identificações foi realizada por exames de DNA.
Até o momento, 38 corpos já foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) para as famílias. Inicialmente, a polícia havia informado que o número de vítimas era 41, mas ajustes foram feitos após verificarem que segmentos de um mesmo corpo haviam sido acondicionados em sacos separados.
Até o momento, a PCMG informou que 37 corpos já foram retirados por familiares. Os dois últimos permanecem aguardando a retirada, sendo que, em um dos casos, o serviço social do IML está em busca de contato com parentes.
O motorista do ônibus, de 38 anos, era natural de Caratinga, em Minas Gerais. A maioria das demais vítimas era oriunda da Bahia, com registros também de pessoas naturais de São Paulo e Sergipe. As faixas etárias variam entre um ano e dois meses e 64 anos.
Próximos passos da investigação
Exames periciais estão sendo realizados em peças recolhidas dos três veículos envolvidos no acidente. A análise dessas evidências é fundamental para determinar as causas do desastre. A investigação não tem prazo para ser concluída.
Mas continua com foco na perícia técnica e na análise das condições dos veículos envolvidos. As autoridades reforçaram o compromisso de apurar as responsabilidades para que tragédias como essa possam ser prevenidas no futuro.
Além da carreta, que pertence a empresa HMA Transportes, também estiveram envolvidos no sinistro(acidente) uma caminhonete D-20, um carro e, possivelmente um outro caminhão, cujo motorista se apresentou dias depois para a Polícia Rodoviária Federal.
Polícia ainda aguarda laudo do exame toxicológico do motorista da carreta
Foi solicitado exame toxicológico do motorista da carreta, mas ainda não há um laudo definitivo. Informação importante, considerando que estava com a CNH suspensa há dois anos, após ter recusado fazer o teste do etilômetro numa blitze da Polícia Militar de Minas Gerais.
Como ele se apresentou dois dias depois da tragédia, um exame tradicional de sangue, urina ou saliva, pode não detectar mais o consumo de drogas. O Coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, entende que é essencial realizar o exame do cabelo, considerado de larga janela, que detect o uso frequente nos últimos 90 dias. ” Com esse exame, ainda que já tenham se passado mais de 20 dias do ocorrido, é possível identificar se o condutor é usuário de drogas e, caso confirmado, quais os tipos de drogas que consome. O resultado sai em poucos dias. Por isso, tenho a impressão de que a Polícia Civil ainda não solicitou esse exame ou o motorista se negou a fazê-lo.”
Fonte : estradas.com.br